quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Liberdade e fim de férias

Bom, preciso começar dizendo que as férias acabaram muito antes do que eu podia supor.
Não foram longas, mas foram MUITO produtivas.
Descobri e aprendi mais durante essas duas últimas semanas do que durante toda a vida.
Digo isso porque sempre tentei entender estudando, lendo, teorizando. Agora aprendi vivendo. Tente explicar para alguém que gosto tem uma maçã. Não dá. Tem que comer a maçã para saber e foi isso que me aconteceu; comi a maçã inteira, com casca e tudo. Com caroço e tudo. Sei o gosto de cada parte não porque alguém me explicou, mas porque comi.
Foi muito difícil engolir algumas partes, mas mastigando mais dá para engolir e saber.
Estou exausta, mas muito aliviada. E o melhor de tudo é que não foi sozinha. Quanta gente esteve envolvida nessa “reclusão’ compartilhada!
Só o que ninguém sabe ainda é no que deu isso tudo. Descobri o que sou dona da minha vida! Isso pode soar bobo para muitos para mim foi o ponto fundamental.
Para assumir a responsabilidade de fato sobre a própria vida é preciso encarar o bem e o mal, o cheiroso e o fétido, o claro e o escuro e não temer nem uns nem os outros.
É preciso se livrar das culpas não porque alguém tenha dito, mas porque finalmente você entendeu que nada do que tenha dado errado é irreparável ou consequencia dos seus pérfidos defeitos; foram escolhas mal feitas, muitas vezes frutos de crenças que você nem sabia que tinha.  Mais nada. Não há o que perdoar. Não há o que se culpar. As escolhas podem e muitas vezes dão errado. Outras dão certo e o importante é ser livre para fazer suas próprias cada vez mais deliberadamente.
Culpa é algo que se joga para o alto e quem quiser que pegue. Eu larguei as minhas. Estão soltas por aí.
Liberdade é, até mesmo, criar um muro à sua volta se assim o apetecer.
Liberdade é livrar-se do ego que necessita de reconhecimento e viver só e somente só o que faz bem a cada um. E os outros... bem, que fiquem por perto se gostarem ou desapareçam se não. Liberdade é também não valorizar quem não está em sintonia com você. É poder se livrar de coisas e pessoas cujos julgamentos não fazem mais a mínima diferença.
É livrar-se também de egoísmos e medos criados e repassados vá saber por quem e há quantos séculos atrás e que ficaram marcados em nossos DNAs. É ficar só com o que te pertence.
E quantas coisas, fantasias, ilusões nos são impostas de um jeito ou de outro e que absolutamente não nos dizem respeito.
É reconhecer e aceitar o fluxo de energia do universo e buscar estar conectado com a parte que é sua. ‘
Liberdade é poder fazer sua faxina interna e retirar todas as teias de aranha e apegos conscientes e inconscientes. É desapegar-se de verdade não só do passado (que nada acrescenta), mas do futuro também. Este, você criará maravilhoso a partir das escolhas que fizer depois desse renascimento.
Liberdade é não criticar, não argumentar, não questionar e sobretudo não justificar nada.
Quando você enxerga isso, seu padrão “vítima’ desaparece e com ele  o sofrimento. E você se livra da dor mas também da delícia de ser a vítima.
Há muitas vantagens em ter esse padrão vítima, mas o preço a pagar é muito alto, Você precisa se submeter, se diminuir, e de quebra, ser uma energia ruim que todos querem passar a diante (talvez menos os algozes conscientes ou inconscientes)
Não é nada fácil ser livre. Por mais batida que seja a frase e de origem duvidosa, a gente tem que concordar que ‘o preço da liberdade é a eterna vigilância’. O que não é pouco mas que seja só esse.
Eu , minha vida, minhas escolhas e minha vigilância para não cair em tentação.
O resto é só alegria, otimismo, auto-estima e muita, muita fé no ser humano.






5 comentários:

  1. Dá-lhe, La Clau ! Vc voltou a mil por hora, e sem derrapar na pista ! Maravilhoso o seu texto... Bjim, Evelyn

    ResponderExcluir
  2. Ah Evelyn querida, como é bom existirem as amigas.
    Vc nem sabe como amo vcs cada dia mais
    Bjs

    ResponderExcluir
  3. Soberano para variar. E agora que as férias acabaram ? Bj

    ResponderExcluir
  4. Agora Luiz, o que tenho pensado é que preciso só me acostumar a ser essa nova pessoa.
    às vezes ainda me pego tendo pensamentos e reações da cláudia velha e tenho que pensar: epa! isso é só automático, não penso/sinto mais assim...
    rsss é engraçado mas é verdade
    Vc me deu uma boa idéia, vou falar sobre isso no próximo post
    bjs

    ResponderExcluir
  5. Nada como alguém inteligente. Bj

    ResponderExcluir