terça-feira, 4 de janeiro de 2011

É a nossa cara, La Clau


A maioria dos leitores queridos desse Blog conhece a minha amadíssima amiga Marcia ( que desde pequena chamo de La Marcie).
Ela, por sua vez, me chama de La Clau ou La Clau Montèze conforme ela queira ou não falar o sobrenome (esse já foi o início das nossas "pirações" nas aulas de frances da Mme Judith rs).
Acabo de receber um e-mail com o "assunto" que coloquei como título no post.
Não é maravilhoso quando uma amiga querida lê uma coisa e sabe que é sua cara também? Não é isso que é a conexão perfeita? Não é disso que são feitos os momentos perfeitos? Assim, do nada, no meio de uma terça feira útil. Ahhh não tem preço.
Por isso, e porque o texto é ótimo, e porque assim todos conhecerão um pouco mais de nós duas, resolvi publicar.
Obrigada La Marcie querida!

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde até prova em contrário

4 comentários:

  1. Foi assim. Eu estava posta em sossego, lendo meu emails. Esse chegou, eu abri. Comecei a ler sem pensar em ninguem em especial. Mais ou menos na altura do "amigo que não ri junto não sabe sofrer junto", já fui achando que tinham escrito o texto pensando na gente. Nas frases seguintes, mesma sensação. Naquela outra "quero amigos pra saber quem sou" eu parei e pensei muuito em vc.
    Obrigada, la Clau, por tantas vezes me mostrar quem sou, adulta e criança, séria e boba, realidade e fantasia... e principalmente por me fazer lembrar que é bom demais ser assim.
    Grande beijo!
    La Marcie

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  2. Sem palavras para o momento.
    Estou só curtindo a sensação e agradecendo por ela.
    Não há como negar que nós nos fizemos assim: uma "fez" a outra ao longo dos anos - adultas e crianças, sérias e bobas, realidade e fantasia...
    Nossas seres viveram entrelaçados formando essa dualidade que é uma delícia e, creio que nossa maior sabedoria foi reconhecer isso e nunca tentar ser de outra forma. Antes pelo contrário, nos alimentamos disso tudo a vida toda.
    Feliz de quem tem uma amiga como voce!
    Eu tenho.
    Obrigada pela nossa vida inteira!
    La Clau

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  3. Preciso confessar Marcia rssss quase fiquei com ciúmes kkkkk

    Ai transformei em baita admiração!

    É ma ra vi lhoooso ter amigos assim.Saber que nossos amigos tem amigos e estes amigos mais amigos e ai vamos formando a grande rede que em um ponto estamos todos unidos

    Que vcs duas possam continuar por muitas vidas compartilhando essa caminhada ...

    bjs pras 2

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  4. Moniquinha,
    vc é mesmo muito sábia...A formação de uma grande rede que vibra em uma só sintonia da gente com os amigos e os amigos dos amigos é o grande barato desse milênio, eu acho.
    Cada uma de nós teve sua história que vai costurando a outras histórias...ou vc acha mesmo que nunca tive ciúmes da Martha? kkkkk
    Beijos AMADA
    Cláudia

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