domingo, 12 de dezembro de 2010

Para quem não conhece

Para ser grande
 
Para ser grande, sê inteiro: nada 
          Teu exagera ou exclui. 
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és 
         No mínimo que fazes. 
Assim em cada lago a lua toda 
        Brilha, porque alta vive 

                                                               Ricardo Reis

4 comentários:

  1. Aí me chamam de dramática!?

    besos, Cristina M.

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  2. rsssss cada um vê as coisas como quer amiga...isso é que dá mais aflição
    Bj

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  3. Que prazer ver postada essa poesia que, por uma feliz coincidência, é uma das minhas favoritas (entre tantas dele e de todos os outros ele!)! A genialidade de quem conhece e consegue reunir poucas palavras capazes de tamanha expressividade!
    Adoro o contraste entre o real e a sugestão! Entre a unidade – em oposição à fragmentação - do ser, e o reflexo desse ser!
    Que belíssima imagem da lua alta refletida no lago! É no afastamento da realidade – quanto mais alta e distante – que ela se reflete por inteiro. Como nós. Que sempre somos inteiros. Mas emprestamos nosso reflexo à realidade, aos nossos lagos, sem que ninguém conheça nosso íntimo. Quem vê nosso reflexo, nos vê por inteiro, mas não conhece a nossa essência.
    Bjs.
    Alice

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  4. Alice, que belíssimo olhar!
    Nunca tinha olhado essa poesia dessa forma sabia?
    Nunca tinha pensado em que "emprestamos nosso reflexo mas nossa essência permanece desconhecida".
    Eu sempre "lia" esse poema como a possibilidade que todos temos de iluminar os nossos lagos muito mais do que normalmente fazemos apenas sendo melhores, maiores e mais inteiros.
    O distanciamento de fato é chave nisso tudo...
    Amei seu comentário.
    Obrigada
    Beijos caríssima
    Cláudia

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