Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive
Brilha, porque alta vive
Ricardo Reis
Aí me chamam de dramática!?
ResponderExcluirbesos, Cristina M.
rsssss cada um vê as coisas como quer amiga...isso é que dá mais aflição
ResponderExcluirBj
Que prazer ver postada essa poesia que, por uma feliz coincidência, é uma das minhas favoritas (entre tantas dele e de todos os outros ele!)! A genialidade de quem conhece e consegue reunir poucas palavras capazes de tamanha expressividade!
ResponderExcluirAdoro o contraste entre o real e a sugestão! Entre a unidade – em oposição à fragmentação - do ser, e o reflexo desse ser!
Que belíssima imagem da lua alta refletida no lago! É no afastamento da realidade – quanto mais alta e distante – que ela se reflete por inteiro. Como nós. Que sempre somos inteiros. Mas emprestamos nosso reflexo à realidade, aos nossos lagos, sem que ninguém conheça nosso íntimo. Quem vê nosso reflexo, nos vê por inteiro, mas não conhece a nossa essência.
Bjs.
Alice
Alice, que belíssimo olhar!
ResponderExcluirNunca tinha olhado essa poesia dessa forma sabia?
Nunca tinha pensado em que "emprestamos nosso reflexo mas nossa essência permanece desconhecida".
Eu sempre "lia" esse poema como a possibilidade que todos temos de iluminar os nossos lagos muito mais do que normalmente fazemos apenas sendo melhores, maiores e mais inteiros.
O distanciamento de fato é chave nisso tudo...
Amei seu comentário.
Obrigada
Beijos caríssima
Cláudia