domingo, 19 de dezembro de 2010

Gente, olhem que delícia: mensagem do prof. de geografia do ginásio

Queridos. Acho que vai soar muito óbvia (por ser professor de Geografia) esta mensagem de Natal. Entretanto foi a sensação que descobri em nosso encontro. E, então, a imagem se fez - águas, rios, rede de afluentes (os tributários, para os que não se lembram), vidas entrecruzadas. É a vida nos (re)apresentando a ela em cada momento. 


A continuidade da vida nunca se rompe: um rio corre e avança sempre, até perder-se de nossa vista. Lá, bem longe, ele leva consigo as mesmas águas que recolheu em outras terras. São essas mesmas águas, o dia-a-dia que vivemos, as que dão testemunho ao céu, aos vales, às montanhas, a Deus, aos homens, que o rio da vida correu muito, mas não envelheceu.
Obrigado por terem me recolhido  como água em suas vidas; por terem me mantido alegre em fazer parte de suas grandes “bacias tributárias”: os numerosos amigos/filhos/ex-professores que se estimam uns aos outros e agradecem a Deus por compartilharem a vida.
Felicidades neste Natal e  nos outros dias da caminhada desse(s) rio(s) que somos nós.
Beijos a todos.
João Rua


4 comentários:

  1. Um rio é sempre uma ótima imagem. Abundante, ultrapassa obstáculos, é beneficente, bravo,às vezes, e, em outras, tão manso...

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  2. É... e o que me encantou foi a imagem de que fomos recolhendo em nossas águas todas essas terras e hj somos um rio formado por tantas vidas/terras que muitas nem sabemos mais. De repente aparece essa, tão querida, de um proessor de quando tínhamos 11/12/12/14 anos que nos ensinou, nos formou e nunca mais saiu das nossas vidas.
    Eu fiquei muito emocionada. Não pude deixar de compartilhar...

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  3. Que lindo, Claudia!!!! O João Rua não foi meu professor (ele dava aula pra turma A), e sim o Luiz Antonio, grande professor e uma das minhas referencias de formação – muito mais do que informação! Mas, como eles sempre estavam juntos, tive também muito contato com o João Rua! Na verdade, acho que o departamento de geografia era o único realmente estruturado em cima de um programa comum. Havia uma sintonia e uma confluência inegáveis. Não percebia a mesma sintonia nas outras áreas, que deixavam, a cargo de cada professor, a condução de cada matéria.
    Há muitos anos atrás, quando eu já estava em SP e estudando na USP, encontrei os dois no bandejão, durante o intervalo do congresso do qual participavam. Foi uma festa! Sentamos os três numa mesa e conversamos e rimos muito! Fiquei triste ao saber que, pouco tempo depois, o Luiz Antonio tinha falecido.
    Que belíssima mensagem de final de ano!!!! O verdadeiro educador usa seu objeto de ensino apenas como uma ponte para transmitir além do simples conteúdo. Não poderia haver exemplo mais perfeito!
    Que linda imagem do rio correndo seu curso principal – o curso de nossas vidas individuais – enquanto recolhe e leva com ele outras águas. Essas outras águas são as pessoas que deixamos entrar em nossas vidas! Elas não nos desviam (ou não deveriam nos desviar) do nosso curso principal, mas podem tornar nossas águas mais caudalosas, ou barrentas, ou mais serenas, ou turbulentas, ou até mesmo se desviar para outro curso! Mas não há novas águas que não causem algum efeito ou não nos renovem! O segredo é sempre receber as novas águas, mas saber identificar as que realmente merecem nos acompanhar durante o resto do nosso curso!
    Pois que 2011 inunde nossas bacias tributárias de muitas novas e promissoras águas cristalinas!
    Obrigada por compartilhar esse texto! Emocionei também!
    Um beijo.

    Alice

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  4. Alice,
    eu também nào fui aluna do JOÀO e sim do luiz Antônio como vc. Mas eu borboleteava tanto entre todas as turmas que era amiga de todos rsrs
    Meu contato maior com o João foi através da turma da Paula e da Cecília (lembra delas?) acho que uma acima da sua, pois eram uma abaixo da minha rsrs... São amigas queridas até hoje.
    Aliás me fala: o que foram aqueles anos do Aplicação? tem palavras? dá pra contar? eu não consigo...só nunca nos cansamos de dizer que foram os melhores anos de nossas vidas. Mas não consigo falar mais nada. Já tentei. É muito sentimento que não sei o nome, são emoções muito profundas em uma época em que já é tudo meio confuso para qualquer adolescente.
    Só que no meio da confusão nós tivemos a sorte suprema de estar lá. Naquele espaço/tempo único e mágico.
    Temos que agradecet isso para sempre!
    Avisa quando estiver no Rio!
    Beijossss
    Cláudia

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