quinta-feira, 17 de março de 2011

Oráculos - parte 2

Já está mais que batida a história da minha depressão e o mal estar que sinto diante da vida em muitos e muitos momentos. Não se  assustem porque não é disso que vou falar.
Os anti-depressivos têm dado conta do recado e estou me sentindo ótima.
Prometi falar dos oráculos.
Em novembro de 2009, eu estava medicada, mas atravancada com uma porção de repetições de comportamentos e atitudes na minha vida que eu sentia se fechando em termos de possibilidades. Claro que tinha consciência de que quem estava se fechando era eu. A vida é só um reflexo.  E também, é claro que não tenho a crença nem a  ilusão de que remédios resolvam neuroses, conflitos internos, comportamentos sabotadores. No  máximo nos munem  de alguma alegria de viver que nos dá forças para querer lutar por uma vida melhor, mais rica, mais em paz.
Nesse novembro, resolvi definitivamente correr atrás da “cura”de certos padrões que me atrapalhavam muito a vida.
Resolvi voltar para a psicanálise mas, pela primeira vez na vida, de uma forma muito focada. Já fiz vários períodos grandes de análise mas nunca com a determinação de resolver tais e tais assuntos. Foi assim dessa vez. Sabia do que queria me livrar.
Quem conhece o processo, sabe que tudo está embaralhado e que não é tão fácil separar assuntos, mas sigo tentando não perder o foco e acho, honestamente, que tenho melhorado naquilo que era meu propósito inicial.
O curioso, é que nesse período comecei a escrever esse blog  descompromissadamente e ele também tem me ajudado a organizar meus pensamentos e a não trapacear. O único compromisso que queria ter era o de, até onde eu tivesse consciência, falar a verdade.,
Assim pensando, indo para a terapia e escrevendo, me dei conta de que queria mais. Mais material para refletir, novas idéias para cruzar com minhas conclusões, novos horizontes.
De uma forma totalmente “casual”e “acidental”, tomei conhecimento do Avatar, um método de expansão da consciência e fortalecimento da vontade, desenvolvido por um americano, que me foi apresentado por uma amiga de infância. Caiu como  uma luva no meu “momento”. Sempre acreditei que a consciência é mais do que percebemos e que devem existir vários estágios.  Só não tinha idéia de como trabalhar isso. Fiz a primeira fase aqui no Rio e estava pronta para ir  para Orlando fazer as 2 fases restantes quando meu problema neurológico apareceu – uma semana antes de viajar.
Em outro post, outra hora, falarei sobre o Avatar, mas não é nele que quero me deter agora. Só preciso dizer que a fase 1 que cheguei a fazer, fez muita diferença.
Nessa altura, eu já estava também curiosa para consultar os astros. Já fiz mais de um mapa astral, mas não de posse do que sei hoje e nem de longe com o olhar que poderia lançar sobre eles agora, aos 54 anos.
Mas mapa astral custa caro com um bom astrólogo e qual não foi minha surpresa quando minha querida amiga Cristina (aquela que me apresentou o I Ching) me garantiu que os mapas do site Personare eram muito bons – ela que frequenta os melhores astrólogos do Rio. E é baratíssimo.
Doente, frustrada pela viagem que não de realizou, claro que me atraquei com os astros do Personare, em busca de respostas e o que mais pudesse vir. Fascinante! Me reconheci em cada linha e ainda hoje o estudo para entender as entrelinhas, saber o que tenho que fazer para melhorar e me conhecer mais. É uma ferramenta poderosa. Fiz também a revolução solar para esse ano e fiquei estarrecida com a clareza com que apareciam todos os projetos de vida que eu já tinha pensado antes. Conclusão: os astros me dizem que as possibilidades existem, basta saber aproveitá-las e ainda dá dicas de como agir para aproveitar as oportunidades e evitar os riscos.
Não sei se já falei aqui que não tenho o menor interesse em saber nada sobre o futuro. Rejeito tudo que, ainda que de leve, tenha a pretensão de fazer previsões do  tipo: esse ano você vai casar, ganhar muito dinheiro etc. Gosto daquilo que me aponta mais sobre quem sou, o que não estou vendo e quais são os pontos mais favoráveis para o período. A astrologia do Personare é exatamente isso, tendo ainda a vantagem de ter uma linguagem super gostosa e compreensível para todos.
Claro que quanto mais bagagem você tem sobre como você é, quanto mais você se conhece, mais você poderá aproveitar o seu mapa, juntando com coisas que já conhece, assuntos sobre os quais já refletiu e assim, poder obter o ganho máximo.
Uma vez iniciado o processo, ele não tem fim. O site oferece um serviço gratuito de  aconselhamento para o dia através de um jogo de tarot. Tinha I Ching mas não tem mais, uma pena.
Como já tinha a visão Junguiana sobre os oráculos que comentei na parte 1, comecei a me concentrar muito no meu dia – todos os dias pela manhã, e a fazer meu jogo diário.
É impressionante!!! Estou temporariamente ( eu espero) com uma limitação, há 3 semanas jogo todos os dias e NUNCA houve um aconselhamento que não tivesse tudo a ver com meu momento. As palavras que aparecem são de uma precisão de perder o fôlego: paciência, resignação, estagnação, perda, quietude...não teria fim essa lista.E cada carta “sorteada”como conselheira, vem com uma interpretação, fala não só do momento mas de você também e ajuda a refletir e entender tudo melhor.

Repito que é o acúmulo de conhecimento que faz a coisa toda se tornar mais rica e conseguir ampliar cada vez mais nossa consciência sobre nós mesmos, o mundo, os fatos que nos acontecem, enfim, sobre a vida.
E também é preciso muita honestidade com você mesmo, a disposição ilimitada para a verdade – muitas vezes doída, determinação para não trapacear (só se pode consultar as cartas uma vez), e, acima de tudo, estar fascinado pelo processo, com disposição para largar tudo que não serve mais (se é que um dia serviu), com vontade de se desfazer de você se for preciso, eliminar apegos, vaidades, se colocar do avesso, de cabeça para baixo, experimentar...finalmente, renascer.
O que quero dizer? Que oráculos são um assunto muito sério se você quiser e muito divertido se for essa a sua intenção.
Em qualquer caso, vale a pena.

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