sábado, 24 de setembro de 2011

Pretérito Perfeito

Eu achei que tivesse achado mas perdi
Tu  não achaste que tivesses achado, porque não estavas procurando
Ele não achou nada porque de nada soube
Nós achamos que tivéssemos achado uma alegria extra pra quem já tinha perdido toda
Vós, o dono e a voz, achastes que tudo seria simples e natural: vida que segue
Eles – os silêncios, acharam que tudo estava perdido:
a vida seguiria sim, mas perdendo -se um do outro: definitivamente

3 comentários:

  1. Que lindo, Claudia... Melancolicamente belo...Ternamente fatal e definitivo. Amei a opção pela conjugação, passando por todas as pessoas, alternando desta forma, o pessoal do distante, mas de tal forma entrelaçados que não se distingue as primeiras, segundas, terceiras pessoas... E, ao conjugar o passado por todas as pessoas, lhe confere o tom perfeitamente pretérito. Sem margem para imperfeição. Se joga na poesia!!! Há todo um acervo metafórico pronto para ser lapidado!!!
    Bjs.

    Alice

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  2. Bem- vindo comentário!!! rsrs
    Sabe, sempre me esqueço de comentar com vc que não acho de jeito nenhum no you tube Erasmo/Arnaldo com Roupa Suja. A letra é bárbara mas queria ouvir. Vc tem esse vídeo por acaso?
    Bom, que bom que vc está na terra, eu estou com muitas saudades e aguardo ansiosa nosso jantar de terça.
    Bjsssssssss

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  3. Ahh!! E vc nem sabe o que seu presente o Dicionário Analógico tem feito por mim nessa minha fase "poeta"rsrs. Ele é mágico...não precisa procurar muito nem achar o lugar certo...vc abre, dá uma folheada e dá de cara com a palavra que queria.
    Serei eternamente grata
    Bjs

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