sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Precisa-se para viver

 Precisa-se para viver


 De  beleza  para  deleitar os olhos
 De  música para sossegar os ouvidos
 De vinhos e chocolates para instigar o paladar
 De peles macias para acariciar
 De perfumes para inebriar todos os sentidos

Precisa-se para viver

De silêncio para a mente
De alegria para o espírito
De afeto para o coração
De energia para o corpo
De sonhos e palavras para atravessar a insônia

Precisa-se para viver

 
De gente que nos encante
De gente que nos defina
De gente que nos faça rir
De gente que nos dê a mão
De gente que nos espelhe sem nenhum pudor

Precisa-se para viver

De natureza pra nos sentirmos em casa
De bichos pra lembrar de que matéria somos feitos
De auroras para despertar esperanças
De sóis do meio dia para erradicar as sombras
De crepúsculos para saber que o ciclo se fechou

Precisa- se de tão pouco para viver.

Só de corpo, alma, espírito
Alimentados, cultivados, às vezes embriagados
Perto das pessoas que elegemos
Na casa de que cuidamos 
Atentos aos momentos que quase sempre estão certos, quase tudo em sintonia

Para viver, precisa-se de amor, prazer, e sempre, de uma cruel e imperceptível ironia

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