quarta-feira, 27 de novembro de 2013

"Oh pero que letra más hermosa que habla de un corazón apasionado"




Eu nem sabia,

Nem te conhecia

Onde você ia

Quando eu vinha?



Você era um rio que corria e correndo ria de tanto que produzia

A energia da sua correnteza era de tal grandeza que você não via, nem ouvia

quem fluía na sua direção


Porque não te achei, por que não te olhei?

Por que a vida me fez pura desatenção?

Como atravessar a rua sem olhar e pretender não se machucar?


Você porque muito fazia, eu porque sempre partia em aflição,

Esqueci de lembrar que sempre soube que por baixo do oceano de memória

que era minha imaginação,

Eu sabia que te amaria e para isso era preciso uma ventania ou um furacão


Mas não     


Foi num dia calmo, sem nenhuma agitação

Num desses pequenos acasos, tão pequenos que quase são descasos

Eu fiquei muito quieta só com minha intuição de que dessa vez eu veria o homem

que cantaria a minha alma e no lugar de Pessoa, me faria companhia.


Mas vivo, alegre e engraçado

Mudando de vez minha sina de menina escondida

Que queria acreditar no gênio e no palhaço

No carinho e doação, na paz e na paixão



Um segundo de silêncio e o poeta cantou:


“Tudo que era o meu destino

 na verdade nunca me aconteceu

Pode ter acontecido

Pra alguma pessoa

Mas não era eu” ........


Ele queria tudo que o destino lhe tomou e acreditem, eu também

Nunca mais fui a mesma , por ele totalmente encantada

E renovada pela minha própria visão da montanha isolada onde,

 por um quase nada, dois seriam um sem nada descasado ou separado.

Nossos destinos felizes e reabilitados.


Foi um fato relevante e que poderia dar inicio a uma jornada

consistente, consciente e que fosse um presente – como eu estava contente

Para quem andava só e já amava antes de saber quem

Mas não se pode interceder no que está escrito e definido

Cheguei tarde e o poeta sem destino não se viu comigo,
E sem fazer alarde sumiu como quando ia
justo quando eu vinha.

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