temhorasemnomenenhum
horasqueparecemtransparentes
seagentequerverficatudoconfuso
horasqueosersecansadeserum
Acho que sou um ser que já nasceu refletindo. Refletir sempre foi para mim uma questão de sobrevivência, já que sempre custei muito a entender e aceitar quase tudo que via e ouvia. E buscava nos livros as respostas e precisava refletir para ver onde entrava a vida no que diziam os filósofos, poetas, escritores e as religiões. E me acostumei, eu acho, a refletir. Hoje me permito refletir sobre qualquer coisa. Importante ou não. Sobrevivi e quero apenas conversar. Vamos?
temhorasdiasanos
ResponderExcluiremboladosemnossos
coraçoesementes
embaralhadossemrumo
emdesperdicioprosseguem
aguardandoodesvelardonovelo
ouumhappyendpranossanovela
Adorei! O embaralhamento das coisas, o passar das horas, dias, anos, desperdiçados, não deixam espaço para respirar, para pensar...fica tudo embolado. É bem isso que estou sentindo. Captaste querida....
ResponderExcluirClaudia:
ResponderExcluirSob o prisma de atividade para passar o tempo solitário, sua critatividade e experimentação realmente devem estar plenas de diversão infantil! Você tem se permitido muita formas e formatos de expressividade verbal.E isso, sem dúvida, é uma grande e prazerosa brincadeira!
Sob o prisma do conteúdo explicitamente implícito, esse embolamento nos atropela a todos. A sensação é de olhar pra tras e ver os espaços de tempo - que julgávamos infinito, apesar de sabê-lo finito - não prenchidos ou mal preenchidos. E agora, cobramos esse desperdício e nos embolamos para recuperá-lo. Para fazer valer o tempo. Com a noção - agora - de que é esgotável.
Talvez o segredo seja o que você, talvez sem a intenção, sugere. Fazer do uso do tempo uma brincadeira. Para não sufocar. Para não privar. A tal "enrola, enrola...enrola, enrola... e puxa e puxa... e 1, 2, 3"!
Um beijo.
Alice