segunda-feira, 6 de maio de 2013

Para que servem os poemas?



Poemas, a que vêm?
Como descobrem a alma de um poeta?
Porque sabem que ali o terreno é fértil e a ânsia eterna?
O que faz um poema querer ver a luz do sol, sabendo-se nada ou muito pouco?

Um poema não é um relato, uma intenção de verdade
Tampouco o poema é uma mentira, uma intenção de ficção
Um poema é algo entre uma coisa e outra,  provavelmente sem qualquer intenção,
A não ser tornar feliz e quase sempre insatisfeito quem ousou escrevê-lo por alguma razão.

Um poema, nunca muda o mundo ou o torna melhor,
Aliás este, o mundo, poderia prescindir de toda a poesia.
Para que o olhar do poeta? Para que a alma do poeta?
Juntemos todos e nada do que disseram se aproxima da filosofia

Nem de nada: nem das ciências, dos romances, das biografias
Sem história, sem começo, meio e fim
Sem reflexões claras e provas contundentes
Apenas um sopro: de beleza, de dor, de saudade ou de amor.

Um sopro tão quase divino que nenhuma regra humana pode definir.
Um sopro talvez destinado a nos ensinar a só sentir
Começo a pressentir que poemas e poetas, sem que eles e leitores saibam,
Anunciam, como ao dia a cotovia, uma nova forma de existir.

Um comentário:

  1. Vc realmente tá ficando craque na cronica poetica! Acho incrivel a facilidade com que vc condensa o denso!
    Acho que, definitivamente, seu caminho é nesse nem uma coisa nem outra...Muito conteúdo em formas mais simples, onde você potencializa a expressividade de cada palavra, arranca cada essencia. Nem o conteudo perde sua potencia, nem as palavras escorregam na prolixidade.
    Bjs.
    Alice

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