sábado, 26 de janeiro de 2013

Poetando em tempos de solidão deliberada



Que pena que passou o nosso tempo de sonhar
Antes, passou o meu tempo de sonhar e de experimentar
Se podia dar.

Tantas ilusões de paixão passam pela vida, ínventadas ou não
Tantos homens vêm e vão e a despedida alivia ou mortifica
Mas o certo é que o amor não fica.

O amor, quando parece que acontece, dói
Dói, porque antes de doer já antevemos o fim
Foi assim prá mim, e nem me lembro do tempo em que amei sem fim.

Queria calma, sossego, amor e desapego
Queria amar sem jogos, armadilhas, testes, ciúmes, desentendimetos
O meu terreno parece que nasceu minado.  Piso com medo e a atração vira senpre um acontecimento explosivo e equivocado

Hoje é tarde pra antever um futuro acompanhada. Rico. Cheio de risadas, conversas, choro, abraços e pertencimento eterno
Tarde pra pensar em me desarmar e me jogar. Tarde para arriscar.
Falta tempo para conviver, viver, dizer, compreender, desarmar as bombas que sempre conseguem surpreender e  estraçalhar.
 
Que pena que mudaram as fantasias. Que pena que desisti / desistimos
que pena que não sei mais sonhar
Daria anos de futuro atormentado pela volta dos meus devaneios acordada
Algum tempo de amor luminoso e estrelado.
que não vem,  vou para São Paulo.

2 comentários:

  1. O trabalho árduo valeu a pena!!! O texto ficou muito muito muito melhor! Sem perder em nada a emoção que deve fluir da poesia, está mais amarrado, elaborado, pensado, escolhido. As ideias mais sequenciais e as palavras muito mais eficientes. Continuo com O.D.I.O de quão facilmente você produz poesia. Mas isso já vi que vou ter que entubar...rsrsrs Bjs. Alice

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  2. rara. Morro de rir com seu Ö.D.I.O. Logo vc, que de uma outra maneira descreve em prosa, tão poeticamente aquilo que vê, contempla e te toca de alguma forma. São lindos seus textos. Sem contar que não sei como vc descobre que cada dia é dia de uma coisa, então haverá assunto para sempre! A chave tá com vc, eu sei rsrsrss

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